Genômica, prevenção ao câncer hereditário e áreas de atuação

Genômica pela Saúde

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Democratizando a Ciência

Câncer - definição e origem

Câncer refere-se a um grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, formando neoplasias malignas. Esse crescimento celular anormal pode iniciar-se em praticamente qualquer parte do corpo, resultando na formação de um tumor. Essas células dividem-se rapidamente e podem espalhar-se para outras regiões do corpo, desde órgãos vizinhos ao local da proliferação inicial até locais distantes da origem do tumor, dando origem às chamadas metástases.

A maioria das células do corpo cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada, um processo controlado por genes específicos. No entanto, quando o material genético das células é alterado, elas perdem o controle do ciclo natural de multiplicação e morte programada, levando ao desenvolvimento do câncer. Esse processo de formação do câncer é chamado carcinogênese ou oncogênese, ocorrendo em diferentes etapas e ao longo de vários anos. Esse processo é complexo e multifatorial, envolvendo fatores externos, como ambientais e de hábitos comportamentais, além de fatores genéticos hereditários.

Existem mais de 100 tipos de câncer e estão relacionados aos diferentes tipos de células presentes no corpo humano, recebendo cada um, uma nomenclatura específica.

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O câncer hereditário

O câncer é umas das principais causas atuais de óbito em todo o mundo, e estima-se que as Síndromes de Câncer Hereditário (SHC) são responsáveis por quase 10% dos cânceres. Indivíduos portadores de determinadas mutações específicas em seu DNA possuem uma elevada susceptibilidade ao desenvolvimento do câncer. Além disso, os indivíduos portadores dessas alterações genéticas normalmente exibem um padrão de herança chamada autossômica dominante, que confere risco de 50% de transmissão aos descendentes.

Embora cada síndrome apresente manifestações clínicas específicas, existem indicadores comuns que podem auxiliar na sua identificação, como o início precoce do câncer, ou seja, em pacientes jovens, cânceres considerados raros na população em geral, a ocorrência de múltiplos tumores no mesmo indivíduo, não relacionados (não metastáticos) e histórico familiar positivo.

Indivíduos que se encaixam em alguns desses critérios devem procurar um médico geneticista para que seja feito um aconselhamento genético e a realização de exames genéticos específicos que podem ajudar na prevenção ao desenvolvimento da doença ainda não estabelecida, em um diagnóstico e intervenção precoce, bem como em terapias personalizadas.

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A importância da oncogenômica na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer

A oncogenômica é a ciência que se dedica ao estudo das sequências de DNA dos indivíduos, visando identificar variantes genéticas associadas ao câncer. Ao observar as diversas variantes genéticas presentes nas células tumorais em comparação com as células normais do hospedeiro, a oncogenômica permite a aplicação de estratégias eficazes para o rastreamento e prevenção de tumores.

A oncogenômica também é de extrema importância para o tratamento de pessoas já diagnosticadas com câncer, ajudando no desenvolvimento de terapias personalizadas, que levam em conta as características genéticas específicas de cada indivíduo. A inovação proporcionada pela genômica do câncer oferece uma abordagem técnica avançada, permitindo a implementação de estratégias de prevenção e tratamento direcionadas, o que resulta em uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes e no uso mais eficiente dos recursos de saúde.

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Sequenciamento de Nova Geração (NGS) e o Papel Essencial da Bioinformática

O Sequenciamento de Nova Geração (NGS), é uma tecnologia avançada que permite a análise do DNA de maneira rápida e precisa, sequenciando simultaneamente milhões de fragmentos de DNA. Isso torna o processo extremamente eficiente e fundamental para pesquisas científicas, diagnósticos médicos e desenvolvimento de terapias personalizadas. No entanto, a grande quantidade de dados gerados apresenta um desafio significativo na interpretação e organização desses dados, tornando a bioinformática essencial.

A bioinformática combina biologia, ciência da computação e estatística para analisar e interpretar dados biológicos, sendo crucial para transformar os dados brutos do NGS em informações biológicas úteis. Esse processo envolve várias etapas, incluindo verificação de qualidade, ordenação dos fragmentos de DNA, remoção de erros e duplicatas e a identificação de características funcionais. Computadores potentes e softwares especializados são indispensáveis para lidar com o volume e complexidade dos dados gerados pelo NGS. Algoritmos específicos são usados para alinhar sequências de DNA e identificar variações genéticas, vitais para detectar anomalias associadas a doenças. A interpretação final dos resultados por especialistas é essencial tanto para descobertas científicas quanto para diagnósticos médicos, consolidando a importância da bioinformática na biologia e medicina modernas.

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Algoritmos específicos são usados para alinhar sequências de DNA e identificar variações genéticas, vitais para detectar mutações associadas a doenças. A interpretação final dos resultados por especialistas é essencial para descobertas científicas ou diagnósticos médicos. Computadores poderosos e softwares especializados são indispensáveis para lidar com o volume e complexidade dos dados gerados pelo NGS, consolidando a importância da bioinformática na biologia e medicina moderna.

Áreas profissionais

Biomédicos

Contribuem com sua expertise em análises laboratoriais e pesquisa científica.

Eles realizam diagnósticos precisos por meio da realização de diversos exames como análises de sangue e testes genéticos, além de desenvolverem e aprimorarem métodos de tratamento, como terapias genéticas e imunoterapias.

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A biomedicina e a oncogenômica

Biólogos

Investigam origem, comportamento celular e fatores ambientais associados ao câncer.

Contribuem para o desenvolvimento de novos tratamentos, como terapias direcionadas e imunoterapias, e também ajudam a entender melhor a prevenção e a detecção precoce da doença.

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A biologia e o estudo do câncer

Médicos

Investigam origem, comportamento celular e fatores ambientais associados ao câncer.

Atendem os casos na clínica e desenvolvem planos de tratamento personalizados, que podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, trabalhando em equipe multidisciplinar para oferecer cuidados abrangentes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

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A medicina e o tratamento do câncer

Enfermeiros

Oferecem cuidados holísticos e apoio emocional aos pacientes e suas famílias.

Administram tratamentos, monitoram sintomas e fornecem educação sobre a doença e os efeitos colaterais do tratamento. Além disso, colaboram estreitamente com outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem abrangente e compassiva.

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A enfermagem no tratamento do câncer

Cuidadores paliativos

Proporcionam conforto físico, emocional e espiritual aos pacientes em estágios avançados da doença.

Eles oferecem suporte para controle da dor, ajudam na gestão dos sintomas e promovem qualidade de vida, permitindo que os pacientes vivam com dignidade até o fim.

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Paliativismo no tratamento do câncer

Aconselhador genético

Fornece orientação sobre o risco hereditário da doença. Realizam avaliações de histórico familiar, aconselham sobre testes genéticos e ajudam na interpretação dos resultados.

Isso permite a implementação de medidas preventivas e estratégias de monitoramento personalizadas, contribuindo para a detecção precoce e a redução do impacto do câncer.

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Informação no combate ao câncer

Bioinformata

Utilizam ferramentas computacionais para analisar grandes conjuntos de dados genômicos, identificar mutações relevantes e compreender os mecanismos da doença.

Contribuem para o desenvolvimento de terapias direcionadas e personalizadas, permitindo uma abordagem mais eficaz no tratamento.

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A computação no combate ao câncer

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Videoteca

Como os cientistas sequenciaram o genoma humano

Como o câncer começa?