O câncer de origem desconhecida (CUP, do inglês Cancer of Unknown Primary) é um dos maiores desafios da oncologia. Ele é diagnosticado quando células malignas são identificadas no organismo, mas sem uma origem clara, dificultando o direcionamento do tratamento. Esse enigma clínico resulta em atrasos nos diagnósticos e em taxas de sobrevida reduzidas — apenas 20,6% dos pacientes com CUP na Austrália sobreviveram um ano após o diagnóstico.
Para enfrentar esse problema, pesquisadores da Universidade de Melbourne e do Peter MacCallum Cancer Centre, na Austrália, estão desenvolvendo um teste inovador de biópsia líquida. O método utiliza sequenciamento genômico completo (WGS) e inteligência artificial para rastrear as alterações genéticas no DNA tumoral circulante (cfDNA), ajudando a identificar a origem do câncer. Fonte: illumina.com.
Genômica e IA aceleram diagnósticos e tratamentos
Essa inovação tem o potencial de revolucionar a oncologia, permitindo que pacientes com CUP recebam terapias mais eficazes e tenham uma melhor qualidade de vida. Além disso, o estudo impulsiona a acessibilidade ao tratamento, especialmente em regiões remotas, onde uma simples coleta de sangue pode substituir exames invasivos.
O futuro do diagnóstico e tratamento do câncer está cada vez mais ligado à genômica. Combinando tecnologia, colaboração e inteligência artificial, esse novo teste de biópsia líquida pode transformar a forma como o câncer de origem desconhecida é identificado e tratado.
💡 A ciência segue avançando para oferecer diagnósticos mais rápidos, tratamentos personalizados e melhores prognósticos para milhares de pacientes ao redor do mundo.