Previsão de sobrevida no câncer: a aposta está na integração de dados ômicos

Estudo destaca como genômica, epigenética e dados clínicos juntos podem salvar vidas

Postado em 21/07/2025 por OncoGenSUS

A medicina de precisão tem avançado rapidamente, e um dos seus maiores potenciais está na previsão da sobrevida de pacientes com câncer. Um estudo publicado na Briefings in Bioinformatics faz uma revisão abrangente das ferramentas mais promissoras para esse desafio — e revela que os melhores resultados surgem quando diferentes tipos de dados são integrados: genômicos, epigenômicos, transcriptômicos, proteômicos, clínicos e até imagens médicas.

A esse processo de fusão entre camadas de informação, damos o nome de integração multiômica. Ele permite que modelos computacionais consigam prever com mais precisão quais pacientes têm maior risco de progressão, recorrência ou mortalidade, favorecendo decisões terapêuticas mais personalizadas.

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Estudo destaca como genômica, epigenética e dados clínicos juntos podem salvar vidas

📊 Destaques do estudo:

  • A combinação de dados ômicos com variáveis clínicas melhora significativamente o desempenho dos modelos de previsão de sobrevida.
  • O uso de ferramentas de aprendizado de máquina e deep learning se mostra promissor, mas depende da qualidade dos dados e da validação dos modelos.
  • Modelos baseados apenas em dados clínicos são importantes, mas insuficientes para capturar a complexidade biológica do câncer.
  • A maioria dos estudos ainda é feita com dados públicos de bases como TCGA — e carece de validações clínicas robustas em populações diversas.

O artigo também reforça que os modelos mais eficazes não são necessariamente os mais complexos, mas sim os que conseguem integrar os dados certos, com boa curadoria e aplicabilidade clínica. Isso evidencia a importância de investir em infraestrutura, bancos de dados nacionais, e pesquisas locais para que a medicina de precisão se torne realidade no dia a dia dos sistemas de saúde.

💡 Para que pacientes se beneficiem dessas inovações, é preciso que a ciência ultrapasse os muros do laboratório e dialogue com a clínica. E, principalmente, que considere a diversidade genética e social das populações — o que torna projetos como o OncoGenSUS ainda mais estratégicos.

A era da oncologia baseada em dados já começou. Integrar ciência, tecnologia e cuidado humano é o caminho para prever com mais segurança — e tratar com mais precisão.

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