Postado em 06/08/2025 por OncoGenSUS
Quando se trata de câncer de mama, o tempo é mais do que precioso — ele pode ser decisivo. Um estudo publicado na revista científica NPJ Breast Cancer demonstrou que realizar o teste genético logo após o diagnóstico de câncer de mama invasivo em mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumenta significativamente a taxa de sobrevivência e a adesão a cirurgias preventivas. Fonte: Screening of Germline BRCA1 and BRCA2 Variants in Nigerian Breast Cancer Patients.
A pesquisa acompanhou mais de 1.200 mulheres com mutações BRCA e revelou que aquelas que realizaram o teste genético nos primeiros 12 meses após o diagnóstico tinham maior probabilidade de optar por uma mastectomia redutora de risco contralateral — ou seja, remover preventivamente a outra mama para reduzir as chances de desenvolver um novo câncer.
BRCA positivo? A testagem precoce faz toda a diferença
📌 Principais achados do estudo:
Esses dados reforçam que o teste genético, quando feito no momento certo, não é apenas uma ferramenta de diagnóstico — é um passo essencial na estratégia de sobrevivência. O conhecimento da mutação permite decisões cirúrgicas e terapêuticas mais bem orientadas, beneficiando não apenas a paciente, mas também sua família, que pode ser orientada sobre o risco hereditário.
💡 O estudo também reforça a importância da incorporação de testes genéticos no sistema de saúde pública e da capacitação de profissionais para oferecer aconselhamento genético adequado.
A ciência deixa claro: não basta ter acesso ao teste genético, é preciso que ele chegue no tempo certo. Garantir isso é um compromisso com a vida.